Città Nuova

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Aprender a renascer/1 - Por que muitas reformas comunitárias começam com os melhores auspícios e depois estagnam?

por Luigino Bruni

publicado na revista Città Nuova em 20/12/2023 - edição da Cidade Nova italiana nº 9/2023

A arte mais preciosa e rara a ser aprendida ao iniciar uma reforma em uma comunidade é conseguir chegar ao fundo do processo. A primeira fase de uma reforma é quase sempre acompanhada de consensos, encorajamentos e aplausos, porque, em geral, os movimentos e as comunidades iniciam as reformas tarde demais, quando já é evidente (quase) para todos que muita coisa precisa de mudar para não morrer; e assim o novo governo que empreende esse trabalho de reforma é saudado como se saúda um salvador. Poucos sabem que essa reforma necessária deveria ter sido feita muitos anos antes, quando os sintomas da doença coletiva ainda eram quase invisíveis e tudo falava de saúde e sucesso.

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Por esse motivo, os primeiros tempos de um processo de renovação, de qualquer renovação de um corpo que sofre, fluem de forma suave e rápida, acompanhados de satisfação e do grande alívio típico de qualquer início de uma cura necessária. Os reformadores sentem-se apoiados por toda a comunidade, e tudo é acompanhado por uma atmosfera de otimismo e de uma nova primavera.É, portanto, compreensível que nas reformas os momentos mais importantes e decisivos são os segundos, não os primeiros, aquele "segundo tempo" em que a quase infinita abertura de crédito do início é reduzida e depois esgotada.

Muitas reformas emperram, ficam ficam atoladas nesta segunda fase e não chegam à terceira, a fase essencial da implementação real e concreta da reforma, quando os anúncios deveriam ter-se transformado em grandes mudanças na governança. É o que acontece com aqueles jovens que mergulham apenas com uma máscara porque sabem que depois de 10 metros chegarão a uma caverna subaquática de cores lindíssimas: depois dos primeiros metros sentem o oxigênio diminuir, assustam-se, voltam atrás e ressurgem na superfície. Se tivessem aguentado por mais alguns segundos, teriam chegado à bela caverna, mas, em vez disso, pararam a meio do caminho.

Por que paramos? OO que acontece na fase intermédia que bloqueia as reformas necessárias e que (quase) todos desejariam? Uma pista sobre os motivos do fracasso da segunda fase é sugerida pelo filósofo francês De Tocqueville (Democracia na América), com o seu famoso "paradoxo". Ao estudar as revoluções e as transformações sociais dos povos, Tocqueville percebeu algo importante: assim que os membros de uma comunidade começam a ver os tão esperados primeiros sinais de mudança, de nova participação e de democracia, eles começam a exigir cada vez mais, muito mais do que os reformadores podem fazer concretamente nessa primeira fase.

O apetite pela reforma cresce muito mais rapidamente do que os seus primeiros resultados. Assim, esses reformadores que foram apreciados, elogiados e encorajados na altura do anúncio da reforma, assim que começam a realizar os primeiros atos de reforma, veem a estima original transformada em crítica e insatisfação, porque essas primeiras mudanças parecem demasiado tímidas, lentas e insuficientes. Ao mesmo tempo,esta insatisfação, vinda hoje dos mesmos entusiastas de ontem, gera decepção e desânimo nos reformadores, porque eles consideram as críticas injustas e ingratas. Esse "efeito pinça" - críticas da comunidade e desânimo do governo - pode bloquear a exploração em apneia e acabar num rápido recuo.

Muitas das reformas não realizadas são aquelas "abortadas" na segunda fase, não as que nunca foram iniciadas. No entanto, uma reforma iniciada e não concluída é pior do que uma reforma não realizada. Porque, enquanto uma comunidade que nunca tenha tentado uma reforma necessária pode sempre iniciar uma, quando uma comunidade fracassa em uma primeira reforma, torna-se muito difícil, se não impossível, iniciar uma segunda, porque a gestão daquele primeiro fracasso consumiu grande parte da energia disponível, e aquele primeiro entusiasmo coletivo, necessário para iniciar, na segunda possível reforma será muito reduzido, se não mesmo inexistente. Nas reformas das comunidades carismáticas, apenas "a primeira é boa"; a segunda possibilidade, que está sempre presente, é (facilmente) ineficaz.

Portanto, quando o governo de uma comunidade se empenha em uma reforma, ele deve estar ciente de que a segunda fase de críticas e desânimo virá. Deve levar isso em conta e não ser surpreendido pela sua chegada. E assim, quando ficarmos sem fôlego, continuaremos a mergulhar com confiança, em busca do novo arco-íris.

 

Créditos foto: © 14578371 da Pixabay

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O novo arco-íris que está lá

O novo arco-íris que está lá

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Economia é vida - Uma reflexão sobre o trabalho Smart working publicada na Città Nuova de agosto, que ainda hoje é muito atual

por Luigino Bruni

publicado na revista Città Nuova de agosto de 2021

Enquanto todo o mundo escolar, e ainda mais as famílias, entenderam que o ensino à distância era um barco salva-vidas durante o naufrágio e ninguém quer fazer o resto da travessia do oceano no barco salva-vidas, as opiniões são diferentes e controversas quando se fala de voltar a trabalhar nos escritórios. Este ano e meio nos ensinou que existem algumas atividades que é conveniente continuar fazendo on-line - algumas reuniões, alguns encontros de grupos de trabalho internacionais ou inter-regionais, alguns conselhos departamentais... -, mas também que para a maioria das ações que compõem os nossos trabalhos, se continuássemos a fazê-las remotamente, estaríamos levando as nossas empresas e organizações para caminhos muito difíceis.

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A copresença off-line no mesmo lugar não é apenas essencial para reuniões realmente importantes ou para encontros, realmente, delicados. Não. É quase sempre essencial, porque as empresas e organizações vivem sobretudo graças a esse trabalho diário, a essa inteligência ordinária e cotidiana, que junto com a dos outros nos permite avançar, inovar e crescer. Estas inovações e estas escolhas realmente importantes são aquelas que surgem porque, há não mais de um século e meio, decidimos pedir aos homens, depois às mulheres, que deixassem a sua gestão natural da vida e trabalhar, artificialmente, em locais estranhos como fábricas e escritórios. Que dedicassem 8 horas por dia durante 6 dias - mais tarde alteradas para 5, e espera-se que em breve para 4 -, que deixassem as suas casas e ocupações privadas para cuidar dos assuntos da sua empresa. Essas muitas horas passadas juntos geraram os nossos milagres econômicos e a nossa sociedade tão complexa e rica.

Se com o trabalho smart levarmos os trabalhadores para dentro de casa, tudo muda, e muda muito, para 99% dos empregos que são realizados coletivamente. Porque, por um lado, se levarmos o nosso trabalho para casa, para todos nós, apesar de toda a seriedade e boa vontade, essas 8 horas são ocupadas até certo ponto (e não pouco) pela vida do lar e suas relações. E, ainda mais grave, porque os produtos do trabalho feito por cada um de nós em casa, e que ao fim se somam e se unem, não são equivalentes ao trabalho feito em conjunto enquanto trabalhamos juntos. São coisas diferentes, sendo esta última de qualidade e sabor superiores. O trabalho é uma ação coletiva, não muito diferente do que geramos quando cantamos em um coral ou jogamos futebol; é claro que também podemos cantar gravando cada um a partir de casa, e depois confiando a montagem final ao computador. Mas sabemos que o que acontece nestes 'coros' não é o que acontece quando nos encontramos e cantamos lado a lado, e nascem novas canções e novos projetos. Isso sem falar no futebol. 

Senti muito a falta dos meus colegas, dos meus alunos. E mal posso esperar para encontrá-los de novo, para vê-los de novo, para trabalhar com eles. E vocês?

Foto de Sam Lion da Pexels

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Economia é vida - Uma reflexão sobre o trabalho Smart working publicada na Città Nuova de agosto, que ainda hoje é muito atual

por Luigino Bruni

publicado na revista Città Nuova de agosto de 2021

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Trabalhar juntos ou em casa, o que perdemos

Trabalhar juntos ou em casa, o que perdemos

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A Economia de Comunhão ainda está em sua aurora, porque nesta época de insustentabilidade do capitalismo, do ponto de vista ambiental, mas também social e espiritual, a comunhão na economia transforma-se sempre num ideal. Uma prévia da edição de junho da revista Città Nuova

por Luigino Bruni

publicado na revista Città Nuova em 01/06/2021

No dia 29 de maio, a Economia de Comunhão (EdC) completou 30 anos. Um espaço de tempo significativo para um projeto social, um tempo bem curto para uma profecia.

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Eu tinha acabado de me formar em Economia, e não podia saber que este nascimento mudaria a minha vida. Chiara Lubich me chamou para trabalhar com outros economistas e empresários para dar "dignidade científica" a sua EdC. Não sei se conseguimos, mas certamente a vida da EdC deu dignidade e significado ao meu trabalho como acadêmico e ao de muitos outros. A EdC nasceu como um projeto social de redistribuição da riqueza: os empresários doaram uma parte significativa de seus lucros para pessoas em dificuldade e para difundir aquela nova cultura da partilha que foi chamada "cultura do dar".

Esta expressão foi proposta pela socióloga Vera Araújo, e o nome do projeto, Economia de Comunhão, foi sugerido a Chiara por Tommaso Sorgi. Essas contribuições nos dizem que a EdC nasceu sinfônica: com uma compositora, Chiara Lubich, que para escrever sua partitura precisava da contribuição criativa de muitas pessoas, a começar pelos focolarinos brasileiros.

A EdC viverá enquanto continuar a ser sinfônica e criativa. O dom dos lucros dos empreendedores foi tão importante no início, que a primeira imagem da EdC foi "um terço, um terço, um terço". Logo, no entanto, ficou claro que havia muito mais por trás daqueles três terços dos lucros. Chiara sentiu que a empresa era a instituição chave do capitalismo, um capitalismo que precisava ser reformado. No dia seguinte da queda dos muros do socialismo real, o mundo estava cheio de confiança no destino progressivo do capitalismo e Chiara lançou uma iniciativa que desafiou o seu primeiro dogma: a apropriação privada dos lucros.

Ficou claro que a EdC não era tanto uma operação de solidariedade na distribuição da riqueza. Mas nas profecias, os sinais só se revelam com o tempo. Especialmente os jovens (eu estava entre eles) viram nela uma outra economia, fraterna, inclusiva, justa. E assim cresceu. Ao longo dos anos, empresários e pobres têm mantido o seu próprio protagonismo, e ao mesmo tempo, cresceu a dimensão cultural e teórica da EdC. Muitos jovens fizeram dela o objeto de suas teses de graduação e doutorado, e em muitas universidades começaram a estudar esta economia que, sem negar o papel das empresas e dos empresários, os chama a se transformarem em "desenvolvedores comunitários", como dizem os membros do Banco Kabajan nas Filipinas.

O que comemoramos no dia 29 de maio? Como em todas as celebrações das comunidades, agradecemos a Chiara e aos pioneiros, muitos dos quais não mais entre nós. Depois, como na Bíblia, lembramos dos "milagres" para olhar adiante a terra prometida. A EdC ainda está em sua aurora, porque nesta época de insustentabilidade do capitalismo, do ponto de vista ambiental, mas também do ponto de vista social e espiritual, a comunhão na economia transforma-se sempre num ideal. Agradecer, recordar, continuar a acreditar na profecia de Chiara.

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A Economia de Comunhão ainda está em sua aurora, porque nesta época de insustentabilidade do capitalismo, do ponto de vista ambiental, mas também social e espiritual, a comunhão na economia transforma-se sempre num ideal. Uma prévia da edição de junho da revista Città Nuova

por Luigino Bruni

publicado na revista Città Nuova em 01/06/2021

No dia 29 de maio, a Economia de Comunhão (EdC) completou 30 anos. Um espaço de tempo significativo para um projeto social, um tempo bem curto para uma profecia.

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30 Anos de Economia de Comunhão

30 Anos de Economia de Comunhão

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Neste momento da pandemia do coronavírus, vemos que a economia sobrevive e não entra em colapso graças, sobretudo, aos trabalhadores que realizam os trabalhos mais simples. Existe um amor diferente, mas crucial, naqueles que vão ao trabalho todos os dias com as suas máscaras e luvas, por nós. 

por Luigino Bruni

publicado originalmente na revista Città Nuova em 11/04/2020 (na  pdf Città Nuova (34 KB) nº 04/2020 de abril de 2020)

Essa grave e incomum crise coletiva está nos dando algumas lições sobre a natureza profunda da economia e dos mercados. E, antes de tudo, está nos mostrando a diferença entre os capitalismos. Sempre soubemos que o espírito do capitalismo do Norte da Europa é diferente daquele do Sul. Hoje, porém, essa diferença se manifesta em novos aspectos, (em parte) insuspeitados e, somando tudo, triste para todos.

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A visão do trabalho como vocação (beruf, em alemão) que, como Max Weber nos mostrou caracterizando a visão protestante do trabalho e do capitalismo e que ainda produzia frutos extraordinários, hoje mostra o seu lado sombrio. As razões para o trabalho e a economia são tão importantes, ao ponto de poderem se tornar absolutas e "sagradas" e, assim, se tornarem as primeiras razões diante de uma crise tão grave. Não ouvimos as frases que ouvimos dos primeiros ministros dos Países do Norte da Europa e do Reino Unido, sobre o imperativo de evitar a todo custo a recessão econômica, sendo pronunciadas pelos líderes dos Países de cultura católica (Itália, Espanha, Portugal); não porque sejam mais altruístas que seus colegas, mas porque sob os Alpes a economia nunca foi a palavra mais importante na vida civil.

Nos últimos anos, isso também estava acontecendo na Itália (muito mais em certas regiões, e estávamos assistimos a isso), contudo, essa crise, inesperadamente, também nos fez descobrir a vocação econômica diferente e específica dos países latinos e católicos. Crescemos menos, temos grandes dívidas públicas, temos uma difusa corrupção e um alto índice de desemprego, com uma baixa taxa de produtividade; porém, fazemos de tudo, e um pouco mais, para salvar os idosos, a qualquer custo. O familialismo não está só e nem sempre é amoral. E não porque somos bons ou mais éticos, mas porque somos, simplesmente, diferentes, nas sombras e na luz. Talvez, ao menos uma vez, o Norte da Europa poderia ter aprendido uma lição do Sul, e teria sido melhor para todos, teríamos poupado tantas mortes e dores.          

Depois existe um segundo aspecto. Testemunhamos que a economia vive e não entra em colapso, graças sobretudo aos trabalhadores que realizam os trabalhos mais simples e humildes. Porque se, atrás e ao lado dos médicos e dos enfermeiros não houvessem os sistemas operacionais como os serviços gerais nos hospitais, os motoristas de caminhão da logística, os varredores de rua nas cidades, os mantedores da energia elétrica e das redes de internet, os funcionários nos supermercados, os vigias urbanos... essa crise nos teria assolado muito mais, de uma maneira muito mais devastadora e talvez até insustentável. De repente, vimos quanto amor civil e implícito existe à nossa volta.

Muitos de nós procuramos e enxergamos o amor nos lugares errados ou muito pequenos: começamos a nos dar conta que existe uma amor diferente mas crucial em quem vai trabalhar todos os dias por nós, com as suas máscaras e com as suas luvas, que arrisca contaminar os próprios pais e filhos para cumprir o seu dever.

Esses trabalhos também são uma vocação, mesmo quando difíceis, quando desgastantes, quando nos levam ao ponto de arriscar demais, às vezes quase tudo. Tenho certeza que muitas pessoas se reconectaram com a parte mais profunda e verdadeira do próprio trabalho e da própria vida nesses dias terríveis e difíceis: no drama e na dor reviram ou viram pela primeira vez a dignidade e a honra de seu trabalho.

Que o vírus passe o mais rápido possível: mas que não passe essa grande lição.

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Neste momento da pandemia do coronavírus, vemos que a economia sobrevive e não entra em colapso graças, sobretudo, aos trabalhadores que realizam os trabalhos mais simples. Existe um amor diferente, mas crucial, naqueles que vão ao trabalho todos os dias com as suas máscaras e luvas, por nós. 

por Luigino Bruni

publicado originalmente na revista Città Nuova em 11/04/2020 (na  pdf Città Nuova (34 KB) nº 04/2020 de abril de 2020)

Essa grave e incomum crise coletiva está nos dando algumas lições sobre a natureza profunda da economia e dos mercados. E, antes de tudo, está nos mostrando a diferença entre os capitalismos. Sempre soubemos que o espírito do capitalismo do Norte da Europa é diferente daquele do Sul. Hoje, porém, essa diferença se manifesta em novos aspectos, (em parte) insuspeitados e, somando tudo, triste para todos.

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A natureza inesperada da economia

A natureza inesperada da economia

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Por Luigino Bruni

publicado na revista Città Nuova n.10/2019

Neste verão, fui visitar a bela catedral de Salerno. Na entrada, encontro um jovem que simplesmente pede esmola. Espontaneamente, digo a ele: "Porque você não dá alguma informação sobre a igreja aos turistas, já que você está aqui o dia inteiro?" Naquele momento, ele não me responde. Dei uma volta (um pouco apressado) e enquanto passo novamente perto dele, me diz: "Mas você não vai ver a Cripta? Se você não for vê-la, vai perder a coisa mais linda da igreja". Ele, por causa da minha pergunta, seguiu-me com o seu olhar e observou os meus passos. 

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Agradeço, volto atrás e vou visitar a cripta, que me deixa sem fôlego pela sua beleza. Saindo da igreja, agradeço novamente e dou para ele uma gorjeta. Enquanto o cumprimentei, ele continuou dizendo: «Olhe para a entrada: ali tem uma escultura importante»; «E depois, veja também a porta, foi feita em Constantinopla», e ainda mais informações sobre a igreja, que ele aprendeu  escutando silenciosamente os inúmeros guias que passam por ali.

E me perguntei: quem sabe se fui o primeiro a pedir alguma coisa diferente para esse jovem, a ter consideração por ele, a convidá-lo a se colocar em uma lógica de reciprocidade. Imagino os seus pensamentos: «Esse desconhecido senhor, pedindo-me alguma informação, não me vê apenas como um "pedaço de lixo", não me viu como alguém que só sabe estender as mãos. Ele me fez uma pergunta como se eu fosse uma "pessoa"». Na verdade, a única coisa que fiz foi olhar para um ser humano que estava à minha frente, estar atento à vida que passava ao meu lado e reconhê-la como se apresentava a mim: no rosto de um jovem imigrante, que percebi que poderia ser algo diferente daquilo que ele me mostrava. E entendi que aquele jovem era muito maior do que o seu pedido de esmola. Mas talvez, nem ele mesmo se lembrasse disso, porque estava acostumado apenas a pedir moedas.

E então pensei em quanta reciprocidade não expressa existe na nossa cidade e, em geral, no grande tema da pobreza e da marginalidade. As pessoas para se ativarem precisam ser vistas, olhadas nos olhos. Sem esse olhar de reconhecimento, as pessoas não se levantam, sobretudo quando estão "sentadas" há anos. Raramente nos levantamos sozinhos. Nos levantamos se, no relacionamento com alguém, percebemos que também nós temos algo para dar. 

Um dos problemas relacionados com a pobreza é pensar que a solução tem a ver com o receber. Em vez disso, consegue-se escapar das armadilhas da pobreza quando se consegue dar, ou seja, quando, no contexto de um relacionamento, sou colocado em condições de poder dar algo a alguém. A verdadeira ajuda que podemos dar para uma pessoa pobre é a possibilidade de sentir-se digno de dar alguma coisa. Mas nós continuamos a olhar as mãos de quem pede como as mãos de quem sabe apenas receber, e esquecemos que aquelas mãos podem dar muito mais do que podem receber.  

Diante das pessoas que se encontram em condições de indigência, os esforços do governo e das associações deveriam concentrar-se, acima de tudo, em ajudar essas pessoas a se levantarem para voltarem a dar dentro de relações de reciprocidade. Mas antes, eles precisam olhá-las como pessoas que têm algo para dar, que não são tão pobres que não possam dar nada. 

Se eu não tivesse encontrado aquele homem no limiar da igreja, se entrando naquele lugar sagrado não tivesse entendido que naquela porta havia algo mais sagrado do que o templo que eu estava prestes a visitar (nada na terra é mais sagrado do que o homem), eu não teria visto o tesouro daquela igreja (a cripta), eu não teria encontrado uma pessoa e não teria escrito este artigo. Mas antes, eu tive que vê-lo. A primeira pobreza dos pobres consiste em não serem vistos, tornam-se invisíveis ou vistos apenas superficialmente, porque nos detemos no invólucro das suas almas. Quem sabe quantas lindíssimas "criptas" perdemos todos os dias?!

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Consegue-se escapar das armadilhas da pobreza quando se consegue dar, ou seja, quando, no contexto de um relacionamento, sou colocado em condições de poder dar algo a alguém. 

Por Luigino Bruni

publicado na revista Città Nuova n.10/2019

Neste verão, fui visitar a bela catedral de Salerno. Na entrada, encontro um jovem que simplesmente pede esmola. Espontaneamente, digo a ele: "Porque você não dá alguma informação sobre a igreja aos turistas, já que você está aqui o dia inteiro?" Naquele momento, ele não me responde. Dei uma volta (um pouco apressado) e enquanto passo novamente perto dele, me diz: "Mas você não vai ver a Cripta? Se você não for vê-la, vai perder a coisa mais linda da igreja". Ele, por causa da minha pergunta, seguiu-me com o seu olhar e observou os meus passos. 

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A força de um olhar

A força de um olhar

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Os lucros doados aumentam mesmo nos dois anos de crise. Mas o verdadeiro balanço da Economia de Comunhão está na redução do número dos necessitados.

Os pobres - a verdadeira contabilidade da EdC

por Chiara Andreola

publicado em cittanuova.it em 18/09/2010

CalcolatriceUm paradigma econômico que não vive por solidariedade, mas porque levado adiante por empresários criativos: é esta a linha principal de desenvolvimento da Economia de Comunhão indicada por Luigino Bruni, na abertura da mesa redonda sobre inovação e criatividade em Loppiano Lab. A estrada percorrida nos primeiros vinte anos da intuição de Chiara Lubich é notável: uma média de 25 novas empresas a cada ano, 1 milhão e 700 mil euros de lucros doados no último período de crise, que serviram para financiar 1059 bolsas de estudo e 40 projetos de desenvolvimento no mundo todo. Mas sobretudo, ressaltou Bruni, dos 7000 pobres aos quais este paradigma econômico era dirigido inicialmente, ficaram somente 1500.

 

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«E é esta a verdadeira contabilidade da EdC – continuou o economista – porque se a riqueza produzida não chega aos pobres, o projeto não serve para nada». Um projeto que não pode viver fechado em si mesmo, mas tem que se abrir: «Um provérbio africano diz que para se criar uma criança é preciso uma aldeia inteira. Da mesma forma, para fazer crescer um pólo da EdC é preciso o resto do mundo». Empresas totalmente inseridas no mercado, não instituições de beneficiência. «Em Recife, onde iniciou um projeto para ensinar os meninos de rua a fazer bolsas, foi colocado logo às claras que queriam que as pessoas as comprassem, não para fazer uma obra de caridade, mas pela sua beleza».

À luz destas premissas, Bruni individualizou quatro desafios para o desenvolvimento da EdC. O primeiro é de ser fiel à dimensão de rede abrindo-se ao resto do mundo; o segundo está em ler a pobreza também nas suas dimensões sociais e relacionais, não só econômicas; o terceiro concretiza-se no saber refletir não somente sobre a própria empresa, mas também sobre o modelo de mundo e de capitalismo no qual a EdC se insere e para o qual contribui; e o último e mais importante está justamente em lançar novamente a criatividade, «caraterístiva própria dos carismas ao longo de toda a história, desde Benedetto de Norcia até dom Bosco. E um carisma vive quando inova, levando o Homem a ultrapassar os seus limites».

Como concretizar esta criatividade? A psicóloga Assunta Dierna consultora de psicoeconomia empresarial, o prof. Maurizio Mancuso, docente de sociologia na Universidade Católica de Milão, e o prof. Niccolò Bellanca, docente de economia do desenvolvimento na Universidade de Florença procuraram responder a esta pergunta. A primeira ressaltou as recaídas, dentro da empresa, no fator relacional, que, «mesmo sendo como um respiro que se espalha a todos os setores, recebe atenção somente à medida em que dá problemas, quando, pelo contrário, deve ser visto como chave para otimizar o desenvolvimento da sociedade». O prof. Mancuso, analizando o conceito de criatividade, individualizou o princípio fundamental no facto que «se é intuitivo que a economia responda às necessidades do homem, da mesma forma é verdade que este normalmente é movido pela curiosidade, e sabe colocar em segundo plano as próprias necessidades imediatas por esse objetivo». Por fim, o prof. Bellanca, após ter feito uma interpretação “laical” da EdC como paradigma que «supera a concepção “residual”, ínsita em termos como “terceiro setor” ou “no profit”, propondo um setor “for benefit” caracterizado pelo uso não privativo dos lucros», propôs algumas sugestões práticas para o seu desenvolvimento: entre estas, a criação de um banco de crédito cooperativo para as empresas EdC, e a consolidação de um cadeia de produção que as una graças a uma “sala de controle”, apontando para uma sinergia não tanto entre empresas semelhantes quanto para «um projeto comum que constrói identidades».

Para concluir a mesa redonda foi apresentada a figura de François Neveux, um dos empresários pioneiros da EdC, ativo sobretudo no Brasil.

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