O capitalismo e o sagrado

il capitalismo e il sacroLuigino Bruni

Vita e Pensiero,
Collana Pagine prime
Milano, novembro de 2019
ISBN: 9788834340158
Aquisição pela editora Vita e Pensiero

Apesar das aparências, o capitalismo não eliminou o sagrado no mundo secularizado. Ele próprio se tornou uma religião, não apenas no ocidente, mas agora também em uma proporção global. Na sua forma, neoliberal, um culto indiscutível é prestado na prática da vida diária de bilhões de pessoas, através de seus dogmas (consumo em primeiro lugar, crescimento ilimitado, incentivos, meritocracia, lucro) que são compartilhados pacificamente, de seus sacerdotes (gerentes) que são respeitados, nas práticas de sacrifícios aceitas como inevitáveis e nas comunidades eclesiais (as empresas) desejadas. A força cultural do capitalismo de hoje se agarra as consciências a ponto de tornar-se uma experiência absoluta e onipresente.        

Luigino Bruni explora o profundo entrelaçamento entre a economia e a religião, mercado e espírito, mostrando suas raízes arcaicas, contaminações histórico-teológicas e os sofisticados resultados da sociedade pós-moderna. O que o cristianismo tem a dizer e fazer diante dessa nova forma do sagrado, transformada em uma verdadeira e precisa idolatria? A fé bíblica está bem ciente dessas novas tendências do ser humano, tentações as quais sempre foi exposta. Mas ela também conhece a invencível acusação anti-idólatra que sempre a habitou e a manteve viva. Misericórdia, dom, gratuidade são as suas características mais profundas, um verdadeiro antídoto para as tendências destrutivas de uma economia que se tornou um ídolo.   

Luigino Bruni é professor de Economia Política na Universidade Lumsa de Roma. É também coordenador do projeto Economia de Comunhão, do Movimento dos Focolares, e escreve para vários jornais, dentre os quais o «Avvenire». Pela editora Vita e Pensiero, publicou Fondati sul lavoro (Fundados sobre o trabalho - em  2014), La foresta e l’albero (A floresta e a árvore - em 2016), La pubblica felicità (A felicidade pública - em 2018) e, com Alessandra Smerilli, La leggerezza del ferro (A leveza do ferro - em 2010).


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